Tensão EUA-China derruba bolsas; no radar, incentivos, FOMC, PIB, emprego: Espresso
As bolsas terminaram o dia em queda, com os investidores reforçando a cautela em uma semana marcada pelo aumento da tensão política entre Estados Unidos e China e pela volta das preocupações com o impacto da pandemia de coronavírus na economia global. A decisão da China, de determinar o fechamento do consulado americano na cidade de Chengdu, depois ser obrigada a fechar seu consulado em Houston, acirrou um confronto já marcado pelas retaliações de Washington à interferência de Pequim em Hong Kong e à investida chinesa no Sul do Mar da China. O crescimento do risco geopolítico, que pode abalar o acordo comercial fechado no começo do ano entre as duas maiores economias do mundo, fez o Dow Jones Industrials e o Ibovespa registrarem a primeira semana negativa depois de três de alta.
Carta na manga – Até agora, porém, tanto Donald Trump quanto Xi Jinping evitam jogar na mesa a carta das relações comerciais, diante do estrago que uma nova guerra de tarifas traria para a economia dos dois países, e que ainda se recuperam do impacto do coronavírus. O cenário eleitoral, porém, leva Trump a apontar suas baterias contra a China, para tentar conquistar votos dos nacionalistas americanos e reverter a vantagem do democrata Joe Biden nas pesquisas eleitorais. À medida que a eleição se aproxima, portanto, os ataques tendem a aumentar e, com eles, a volatilidade dos mercados.