Futuros se animam com novo pacote de estímulos nos EUA; no radar, ouro, casos de Covid-19, denúncia em Haia: Espresso

Os futuros dos índices acionários americanos subiam neste início de pregão seguindo a expectativa com a apresentação da proposta do Partido Republicano ao Congresso para o novo pacote de ajuda contra os efeitos da crise com o coronavírus no país. Ontem à tarde, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, anunciou que houve consenso quanto ao texto, que deve conter novos pagamentos de subsídios de US$600 por cidadão e chegar a US$1 trilhão – contra o pacote de US$3 trilhões proposto e aprovado pela Câmara americana, de maioria Democrata, em maio. Ainda assim, apesar do otimismo com a rodada de estímulos e do empurrãozinho com o lucro industrial chinês, que veio acima do esperado, o rendimento dos títulos da dívida americana cai, enquanto o ouro chega ao seu maior patamar histórico – sinais de que a aversão ao risco não está completamente dormente neste início de semana.

O mercado segue monitorando as tensões entre os Estados Unidos e a China depois do fechamento do consulado do país asiático em Houston e o contra-ataque chinês com a interdição do escritório americano em Chengdu – que passa a valer hoje. Novas medidas que intensifiquem o conflito entre as maiores potências econômicas do planeta podem ajudar a piorar o humor das bolsas, que também ficam de olho em novas projeções para as eleições americanas de novembro com o crescimento da liderança do democrata Joe Biden nas pesquisas de intenção de voto. Na Europa, as ações de companhias aéreas como Ryanair e Lufthansa puxavam as quedas dos índices acionários após o Reino Unido intensificar as restrições de viagem de passageiros vindos da Espanha por uma aceleração dos casos de Covid-19 no país.