Archives 2020

Tensão EUA-China derruba bolsas; no radar, incentivos, FOMC, PIB, emprego: Espresso

As bolsas terminaram o dia em queda, com os investidores reforçando a cautela em uma semana marcada pelo aumento da tensão política entre Estados Unidos e China e pela volta das preocupações com o impacto da pandemia de coronavírus na economia global. A decisão da China, de determinar o fechamento do consulado americano na cidade de Chengdu, depois ser obrigada a fechar seu consulado em Houston, acirrou um confronto já marcado pelas retaliações de Washington à interferência de Pequim em Hong Kong e à investida chinesa no Sul do Mar da China. O crescimento do risco geopolítico, que pode abalar o acordo comercial fechado no começo do ano entre as duas maiores economias do mundo, fez o Dow Jones Industrials e o Ibovespa registrarem a primeira semana negativa depois de três de alta.

Carta na manga – Até agora, porém, tanto Donald Trump quanto Xi Jinping evitam jogar na mesa a carta das relações comerciais, diante do estrago que uma nova guerra de tarifas traria para a economia dos dois países, e que ainda se recuperam do impacto do coronavírus. O cenário eleitoral, porém, leva Trump a apontar suas baterias contra a China, para tentar conquistar votos dos nacionalistas americanos e reverter a vantagem do democrata Joe Biden nas pesquisas eleitorais. À medida que a eleição se aproxima, portanto, os ataques tendem a aumentar e, com eles, a volatilidade dos mercados.

Futuros se animam com novo pacote de estímulos nos EUA; no radar, ouro, casos de Covid-19, denúncia em Haia: Espresso

Os futuros dos índices acionários americanos subiam neste início de pregão seguindo a expectativa com a apresentação da proposta do Partido Republicano ao Congresso para o novo pacote de ajuda contra os efeitos da crise com o coronavírus no país. Ontem à tarde, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, anunciou que houve consenso quanto ao texto, que deve conter novos pagamentos de subsídios de US$600 por cidadão e chegar a US$1 trilhão – contra o pacote de US$3 trilhões proposto e aprovado pela Câmara americana, de maioria Democrata, em maio. Ainda assim, apesar do otimismo com a rodada de estímulos e do empurrãozinho com o lucro industrial chinês, que veio acima do esperado, o rendimento dos títulos da dívida americana cai, enquanto o ouro chega ao seu maior patamar histórico – sinais de que a aversão ao risco não está completamente dormente neste início de semana.

O mercado segue monitorando as tensões entre os Estados Unidos e a China depois do fechamento do consulado do país asiático em Houston e o contra-ataque chinês com a interdição do escritório americano em Chengdu – que passa a valer hoje. Novas medidas que intensifiquem o conflito entre as maiores potências econômicas do planeta podem ajudar a piorar o humor das bolsas, que também ficam de olho em novas projeções para as eleições americanas de novembro com o crescimento da liderança do democrata Joe Biden nas pesquisas de intenção de voto. Na Europa, as ações de companhias aéreas como Ryanair e Lufthansa puxavam as quedas dos índices acionários após o Reino Unido intensificar as restrições de viagem de passageiros vindos da Espanha por uma aceleração dos casos de Covid-19 no país.

Espera por estímulos, balanços fortalece dólar americano; no radar, Caged e reformas: Espresso

Os futuros dos índices acionários americanos caíam nesta terça-feira, em dia de espera pelo início da reunião do FOMC, o comitê de política monetária do Federal Reserve, e de uma série de balanços de grandes corporações americanas, como McDonald’s, Visa, eBay e a farmacêutica Pfizer – uma das companhias em estágio mais avançado nas pesquisas para a vacina contra a Covid-19. Na Europa, o sentimento de cautela volta a tomar corpo com o aumento no número dos casos em alguns países que pareciam ter deixado o pior da doença para trás, dando início às especulações de que a temida segunda onda do vírus possa interromper a breve recuperação do último mês na região. O índice Stoxx Europe 600 caía 0,16%, pelo segundo dia consecutivo, com novas restrições de viagem no radar.

O mercado acompanha também o desenrolar das negociações no Congresso americano para o mais recente pacote de estímulos, agora de US$1 trilhão. O Partido Republicano apresentou a proposta na noite de ontem e precisa agora entrar em acordo com os Democratas para passar o texto pelo Senado – o plano de ajuda anterior, de US$3 trilhões, expira nesta semana. Aguardando o avanço das conversas, o dólar americano subia ante seus pares, como medido pelo índice DXY, o que ajudava a tirar o ouro da máxima histórica, renovada nesta manhã. O futuro da commodity metálica para agosto caía 0,35%, a US$1.925, após atingir US$1.980 a onça-troy, impulsionado desde a última semana pela fraqueza da moeda americana.